sábado, 2 de abril de 2016

† THEOTOKOS - MÃE DE DEUS.




Αγαπούν την αλήθεια που είναι ΧΡΙΣΤΟΥ 



"E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem."
(Credo)





I
nicialmente é importante esclarecer que Maria, não é Deus, não está no lugar de Deus, não é maior do que Deus, ao contrário ela se declara serva do Senhor, como podemos  ver no texto abaixo:

38.Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo afastou-se dela.(Lc 1,38)

O catecismo da Igreja Católica  é claro sobre  a adoração a Deus:

2097. Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o «nada da criatura», que só por Deus existe. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e que o seu Nome é santo (10). A adoração do Deus único liberta o homem de se fechar sobre si próprio, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo.

229. A fé em Deus leva-nos a voltarmo-nos só para Ele, como a nossa primeira origem e o nosso último fim, e a nada Lhe preferir ou por nada O substituir:


Mas  esta serva do Senhor, deu a vida a Jesus, que é Deus, sendo também mãe de Deus. Vejamos o que nos fala o Evangelho de Lucas e os Pais da Igreja:


43.Donde me vem esta honra de vir a mim a MÃE DE MEU SENHOR?(Lc 1,43)

† AS CATACUMBAS.


Os católicos, já no período inicial da Igreja já venerava a Mãe de Deus, fato este verificado nas catacumbas de Roma, onde podemos ver a imagem mais antiga da virgem Maria que temos conhecimento, que reproduzimos abaixo:

A mais antiga representação de Maria, do século II, nas catacumbas de Priscila.


† DEPOIMENTO DOS PAIS DA IGREJA SOBRE A MÃE DE DEUS.


“Para de todas as gerações eles têm retratado por diante os grandiosos
assuntos para a contemplação e para a ação. Assim, também, eles pregavam o advento de Deus em carne e osso para o mundo, seu advento pela impecável e mãe de Deus (Theotokos) Maria no caminho do nascimento e crescimento, e a forma de sua vida e conversa com os homens, e sua manifestação por meio do batismo, e o novo nascimento, que era para ser para todos os homens, e a regeneração pela pia [do batismo]” (Discurso sobre o Fim do Mundo, 1).

Santo Hipólito de Roma (217 d.C)



“Para Lucas, nas narrativas dos evangelhos inspirados, oferece um



testemunho não apenas para José, mas também a Maria, a Mãe de Deus, e dá este relato com referência à própria família e da casa de Davi” (Quatro Homilias 1).







“É nosso dever apresentar a Deus, como sacrifícios, todos os festivais e celebrações de hinário, e em primeiro lugar, [a festa] da Anunciação à santa Mãe de Deus, a saber, a saudação que lhe foi feita pelo anjo, ‘Ave, cheia de graça!’” (Quatro Homilias 2).


Gregório de Taumaturgo (262 d.C)



“Eles vieram para a Igreja da Santíssima Mãe de Deus e sempre Virgem
Maria, que, como se começou a dizer, ele tinha construído no bairro ocidental, em um subúrbio, um cemitério dos mártires.” (Os Atos genuínos de Pedro de Alexandria).


Pedro de Alexandria (305 d.C)




“Salve a ti para sempre, Virgem Mãe de Deus, nossa alegria incessante,
pois para ti Eu volto novamente. Você é o início de nossa festa; Você é o
seu meio e fim, a pérola de grande valor, que pertence ao reino; a gordura de cada vítima, o altar vivo do Pão da Vida. Salve, você tesouro do amor de Deus. Salve, você,  fonte de amor do Filho para o homem [...] você brilhava, doce dom-outorgante Mãe , com a luz do sol, você brilhou com os fogos insuportáveis de da mais fervorosa caridade, trazendo no final, aquele que foi concebido de você [...] para manifestar o mistério escondido e indizível, o Filho do Pai invisível, o Príncipe da Paz, que de uma forma maravilhosa mostrou-se como menos do que toda pequenez.”(Oração sobre Simeão e Ana 14).


Metódio

“O Pai dá testemunho do céu para seu Filho. O Espírito Santo dá testemunho, descendo corporalmente  na forma de uma pomba. O arcanjo Gabriel é testemunha, trazendo as boas novas a Maria. A Virgem Mãe de Deus é testemunha...” (Leituras Catequéticas 10, 19).

Cirílo de Jerusalém (350 d.C)





“Apesar de ainda ser virgem, ela carregava uma criança em seu ventre, e a serva e obra de sua sabedoria tornou-se a Mãe de Deus” (Cantos de Louvor 1, 20).


Efraim, o Sírio (351 d.C)





“Ser perfeito ao lado do Pai, encarnado entre nós, não na aparência,
mas na verdade, ele [o filho] homem remodelada para a perfeição em si mesmo a partir de Maria, a Mãe de Deus através do Espírito Santo” (O homem bem ancorada 75).



Epifânio de Salamissa (374 d.C)



A primeira coisa que acende ardor na aprendizagem é a grandeza do
professor. O que é maior do que a Mãe de Deus? O que é mais glorioso do que aquela a quem própria Glória escolheu?” (As Virgens 2, 2)
Ambrósio de Milão (377 d.C)





“Se alguém não concorda que santa Maria é Mãe de Deus, ele está em desacordo com a divindade” (Carta a Cledonius Sacerdote 101).

Gregório de Nazianzo (382 d.C)







“Quanto à forma como a virgem tornou-se Mãe de Deus, ele tem pleno conhecimento; de como ele mesmo nasceu, ele não sabe nada.” (Contra Rufino 2, 10).

São Jerônimo (401 d.C)





Quando, pois, eles perguntam: 'Será que Maria mãe do homem ou Mãe de Deus?' Nós respondemos: ‘Os dois!’.  O primeiro pela própria natureza do que foi feito e outro pela relação.” (A Encarnação 15).

Teodóro de Mopsuestia (405 d.C)





“Eu fiquei impressionado que alguns estão totalmente em dúvida quanto à existência ou não da Virgem santa ser capaz de ser chamada de Mãe de Deus. Porque, se nosso Senhor Jesus Cristo é Deus, como deve ser a Virgem santa que lhe concebeu,  não ser a Mãe de Deus?” (Carta aos monges do Egito 1).

São Cirílo de Alexandria (427 d.C)



Você não pode deixar de admitir que a graça vem de Deus. Ele é Deus,
então, quem lhe deu. Mas foi dado por nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, o Senhor Jesus Cristo é Deus. Mas se ele é Deus, como ele certamente é, então ela quem deu à luz a Deus é a Mãe de Deus.” (Sobre a Encarnação de Cristo contra Nestório 2, 2).
João Cassiano (429 d.C)






“Confessamos, então, nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho unigênito de Deus, perfeito Deus e perfeito homem, de uma alma racional e de um corpo, gerado antes de todas as eras do Pai em sua divindade, o mesmo nos últimos dias, por nós e para nossa salvação, nascido da Virgem Maria, de acordo com a sua humanidade, um e o mesmo consubstancial com o Pai em divindade e consubstancial a nós na humanidade, pois a união de duas naturezas ocorreu. Portanto, nós confessamos um só Cristo, um filho, um Senhor. De acordo com esse entendimento da união inconfudível, nós confessamos a Virgem santa como sendo a Mãe de Deus, porque Deus, o Verbo se fez carne e se fez homem e de sua própria concepção unido a si mesmo o templo ele tomou dela” (Formula da União [AD 431 ]).

“Se alguém não confessar que o Emanuel é verdadeiro Deus, e que, portanto, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus (Θεοτόκος), na medida em que na carne, ela deu à luz o Verbo de Deus feito carne [como está escrito: "O Verbo era que se fez carne "] seja anátema.” (1º Anátema de São Cirílo a Nestório).



Concílio de Éfeso (431 d.C)







28.Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.


41.Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.

42.E exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre.


43.Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe de meu Senhor?


(Lucas 1,28 , 41-43)







46.E Maria disse: Minha alma glorifica ao Senhor,


47.meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador,


48.porque olhou para sua pobre serva. Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações,


49.porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.



50.Sua misericórdia se estende, de geração em geração, sobre os que o temem.

(Lc 1,46-50)







MARIA – «FELIZ AQUELA QUE ACREDITOU»


148. A Virgem Maria realiza, do modo mais perfeito, a «obediência da fé». Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazidos pelo anjo Gabriel, acreditando que «a Deus nada é impossível» (Lc 1, 37) (9) e dando o seu assentimento: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Isabel saudou-a: «Feliz aquela que acreditou no cumprimento de quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc 1, 45). É em virtude desta fé que todas as gerações a hão-de proclamar bem-aventurada (10).



149. Durante toda a sua vida e até à última provação (11), quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, a sua fé jamais vacilou. Maria nunca deixou de crer «no cumprimento» da Palavra de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria a mais pura realização da fé.

Fonte: catecismo da Igreja Católica.






† DOGMAS MARIANOS.




Os dogmas marianos são alguns dos que levantam as discussões mais acaloradas.  Eles são quatro:

 – Maria, Mãe de Deus

Maria é verdadeiramente Mãe do Deus encarnado, Jesus Cristo. Já nos primeiros três séculos, os Padres da Igreja utilizaram as definições Mater Dei (em latim) ou Theotókos (em grego), que significam Mãe de Deus, tais como Inácio (107), Orígenes (254), Atanásio (330) e João Crisóstomo (400). Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Terceiro Concílio Ecumênico, realizado em Éfeso, em 431.

"Jesus é plenamente homem e plenamente Deus. Maria foi Mãe deste Deus feito homem, que é Jesus; assim, Maria é Mãe de Deus. É uma realidade que dá fundamento a todas as outras. É uma verdade, em primeiro lugar, sobre Cristo, pois é preciso afirmar que Jesus é verdadeiramente Deus para que possamos falar que Maria é Mãe de Deus", explica padre Alexandre.

 – Perpétua Virgindade de Maria



Ensina que Maria é virgem antes, durante e depois do parto. É o dogma mariano mais antigo das Igrejas Católica e Oriental Ortodoxa, afirmando a "real e perpétua virgindade mesmo no ato de dar à luz o Filho de Deus feito homem" (Catecismo da Igreja Católica, 499). Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Concílio de Trento, em 1555, embora já fosse um dogma no cristianismo primitivo, como indicam escritos de São Justino Mártir e Orígenes.

"É uma crença que já está na sagrada Escritura e defende que Maria concebeu Jesus virginalmente, deu à luz virginalmente e assim permaneceu até o final da vida", ressalta padre Alexandre.

 – Imaculada Conceição de Maria



Defende que a concepção de Maria foi realizada sem qualquer mancha de pecado original, no ventre da sua mãe. Dessa forma, ela foi preservada por Deus do pecado desde o primeiro momento da sua existência, como apontam as palavras do Anjo Gabriel – "sempre cheia de graça divina" – kecaritwmenh, em grego. Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Papa Pio IX na Constituição Ineffabilis Deus, em 8 de dezembro de 1854.

A festa da Imaculada Conceição de Maria é celebrada em 8 de Dezembro, definida inicialmente em 1476 pelo Papa Sixto IV. Também neste caso, muitos escritos dos Padres da Igreja já defendiam a Imaculada Conceição de Maria, pois era adequado que a Mãe do Cristo estivesse completamente livre do pecado para gerar o Filho de Deus.

 – Assunção de Maria



Indica que a Virgem Maria, ao fim de sua vida terrena, foi elevada em corpo e alma à glória dos céus. Essa doutrina foi definida dogmaticamente pelo Papa Pio XII na Constituição Munificentissimus Deus, em 1º de novembro de 1950.

"Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu", indica o Papa.

"É uma verdade em que a Igreja acredita desde os séculos V e V, quando já havia uma celebração da então chamada Dormição de Maria", complementa padre Alexandre.

Fonte: 

http://noticias.cancaonova.com/dogmas-marianos-conheca-as-verdades-de-fe-sobre-nossa-senhora/



† A DEVOÇÃO A MÃE DE DEUS NO BRASIL.




No Brasil , a Mãe de Deus recebe carinhosamente o nome de Aparecida, devido a história dos pescadores que encontraram a imagem no rio e desta pesca começou um culto de devoção a Mãe de Deus. 

Em 6 de novembro de 1888, a princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e ofertou à santa, em pagamento de uma promessa (feita em sua primeira visita, em 8 de dezembro de 1868), uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis, juntamente com um manto azul, ricamente adornado.


Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi proclamada Rainha do Brasil e sua Padroeira Principal em 16 de julho de 1930, por decreto do papa Pio XI. A imagem já havia sido coroada anteriormente, em nome do papa Pio X, por decreto da Santa Sé, em 1904.



Pela Lei nº 6 802, de 30 de junho de 1980, foi decretado oficialmente feriado o dia 12 de outubro, dedicando-se este dia à devoção. Também nesta lei, a República Federativa do Brasil reconhece oficialmente Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil.






Abaixo apresentamos imagens da Basílica Nacional de Aparecida, vejamos: